1 de jul. de 2013








Vinte anos depois, clássico "Flashback" ganha releitura HD para PlayStation 3 e Xbox 360.

Desenvolvedora: VectorCell
Lançamento: 2013
Distribuidora: Ubisoft
Suporte: 1 jogador

Gênero: Plataforma
Console: X360, PS3
NOTA: 7,0

Considerações
"Flashback" é um remake em alta definição de um dos mais cultuados jogos da era 16-bit. Jogo de ação em plataformas ao estilo dos clássicos "Prince of Persia", com uma trama de ficção-científica e paranóia digna da época, o início da década de 1990. A recriação, distribuída por download nos consoles atuais, capricha no cenário cheio de detalhes, inclui 'missões paralelas' para prolongar a aventura e outras facilidades da vida moderna, mas derrapa em controles um tanto quanto imprecisos, que podem irritar o jogador no calor do combate ou naquela 'speedrun' para terminar o jogo o mais rápido possível.

Pontos Positivos

Visual caprichado

A produtora VectorCell não poupou esforços na hora de recriar as fases de "Flashback", desde a luxuriante e emblemática floresta no começo do jogo até a metrópole futurista à lá "Blade Runner", tudo lembra imediatamente sua contraparte dos anos 1990, mas enche os olhos do jogador pela quantidade de cores e detalhes - pássaros voando, vegetação, neon e outras coisas pontuam cada tela, dando ao jogo um ar de modernidade simplesmente impossível no título original, mas sem perder a identidade do game.

Mapas incentivam a exploração

Os mapas de "Flashback" são grandes estágios de plataforma e é preciso avançar por eles encarando inimigos, se pendurando pelos cantos, resolvendo puzzles simples e adquirindo equipamentos melhores. É nessas sequências de exploração silenciosa que o jogo realmente brilha, sem o ritmo frenético dos combates para tirar a concentração do jogador do bonito cenário e de suas possibilidades. Seja procurando a saída da fase ou buscando por todas as plantas mutantes escondidas no mapa, você vai apreciar os momentos de 'tranquilidade' que o jogo oferece, onde tudo o que importa é conduzir Conrad pelos pequenos labirintos que compõem os estágios.

Conrad conta com um óculos especial, útil para enxergar objetos escondidos e explorar a região ao redor, mas é bom ficar parado ao fazer isso, pois o agente fica praticamente fora da tela conforme você move o direcional para ver o que tem nos andares de cima e é fácil cair de cara em um inimigo enquanto procura por um colecionável secreto.

Inclui o jogo original

O game é acompanhado pelo "Flashback" original, de 1992. È um jogo mais simples, sem dúvida, e com um ritmo mais pausado do que a aventura em alta definição. Mas é uma boa para quem gostaria de comparar as obras sem o filtro de nostalgia do jogador, ou mesmo para apresentar o clássico 16-bits para uma nova geração de jogadores.

Pontos Negativos

Controles imprecisos

Para um jogo de plataforma, a versão HD de "Flashback" tem problemas sérios com os controles. Conrad pode rolar, saltar e se pendurar em plataformas, mirar e atirar nos inimigos. Porém, a mira não é muito precisa e o movimento de se pendurar (apontar para cima próximo da beirada de uma plataforma) pode, muitas vezes, te colocar em situações complicadas. Em outros momentos, a animação de movimento demora um pouco para acontecer - não é um atraso enorme, mas é o bastante para acabar fuzilado por disparos dos inimigos e para estragar a maioria das tentativas de executar os oponentes furtivamente. Com o tempo, você se adapta aos controles, mas comparado ao jogo original, este "Flashback" poderia ser melhor afinado.

Foco no combate

O "Flashback" original era um jogo de plataforma e exploração, onde você calculava os movimentos para sobreviver até o fim do estágio. Aqui, o foco foi direcionado para o combate contra muitos robôs, mutantes e outros inimigos. Eles aparecem constantemente e, com os controles nada precisos do jogo, a ação acaba por comprometer a diversão.

'Bugs' irritantes

Outro problema de "Flashback" são os 'bugs', aquelas irritantes falhas na programação que invariavelmente provocam a morte do personagem, um 'encalhe' no meio da fase e a necessidade de carregar o jogo no checkpoint mais próximo. Mais de uma vez, Conrad parou de responder ao comando de movimento, ficando parado por mais que eu apertasse as setas para os lados. Em outros casos, a pistola não funcionava ou então Conrad ficava preso dentro de uma plataforma.

Não é algo constante, embora aconteça com mais frequência nos estágios mais avançados do jogo, mas é chato o suficiente para irritar mesmo o mais ardoroso fã do jogo original.

CONFIRA OUTRAS ANÁLISES.

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